Rapper Oruam critica operação policial no Rio e denuncia impactos sobre moradores

A megaoperação realizada contra o Comando Vermelho nos complexos do Alemão e da Penha, que resultou em dezenas de mortos nesta terça-feira (28/10), repercutiu além do debate sobre segurança pública. O rapper Oruam, que tem ligação com as comunidades afetadas, usou suas redes sociais para expressar indignação com a ação e alertar sobre os efeitos para os moradores.
Filho de Marcinho VP, ex-líder histórico da facção, Oruam destacou o sofrimento das famílias durante os confrontos:
“Minha alma sangra quando a favela chora, porque a favela também tem família. Se tirar o fuzil da mão, existe o ser humano.”
Ele ainda classificou a operação como “a maior chacina já registrada no Rio”, provocando intenso debate nas redes sociais. Enquanto alguns seguidores apoiaram sua visão, outros o criticaram, acusando-o de minimizar os ataques contra policiais.
Segundo informações oficiais, a ação envolveu cerca de 2,5 mil agentes, resultando em mais de 60 mortes, incluindo quatro policiais, 81 prisões e a apreensão de dezenas de fuzis. As corporações informaram que houve resistência dos criminosos, que utilizaram barricadas, drones e explosivos para dificultar o avanço das forças de segurança.
O Ministério Público do Rio de Janeiro abriu investigação para apurar os procedimentos adotados durante a operação e as circunstâncias das mortes. Para Oruam, o saldo humano evidencia falhas no combate ao crime organizado, deixando os moradores vulneráveis.
O posicionamento do rapper reforçou um debate recorrente na sociedade fluminense: como enfrentar facções armadas sem colocar em risco a população civil? Enquanto autoridades defendem medidas rigorosas, entidades de direitos humanos pedem maior transparência e estratégias que reduzam a letalidade e protejam as comunidades afetadas.






