Ex-marido de Val Marchiori é investigado por violência doméstica após instalação de rastreador em carro da empresária

O empresário Thiago Gonzaga Castilho de Sant’Ana, ex-marido da socialite Val Marchiori, passou a responder judicialmente por violência doméstica, segundo decisão recente da Justiça de São Paulo. O caso, que era apurado como perseguição, foi transferido para a Vara de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher após o Ministério Público entender que as atitudes do investigado se enquadram na Lei Maria da Penha.
De acordo com o inquérito do 78º Distrito Policial, no bairro dos Jardins, Val Marchiori contou que, após o término do relacionamento, passou a ser seguida e ameaçada por Thiago. A situação se agravou quando, no início de agosto de 2024, ela descobriu um rastreador eletrônico (Apple AirTag) escondido dentro do kit de primeiros socorros de seu carro. As investigações apontaram que o aparelho estava registrado em um número de telefone vinculado ao empresário.
As suspeitas aumentaram quando a socialite encontrou dois gravadores de áudio camuflados em seu quarto, fixados na parte inferior de uma televisão. Diante da invasão de privacidade, Val procurou a polícia e pediu medidas protetivas, que foram concedidas. Um laudo técnico confirmou a existência dos dispositivos e sua funcionalidade.
Em depoimento, Thiago Castilho negou todas as acusações, alegando que mantém apenas relação profissional com a ex-esposa, já que ambos ainda são sócios em algumas empresas. Ele afirmou que Val estaria tentando afastá-lo dos negócios e negou ser o dono do número de telefone vinculado ao rastreador, sustentando que a linha “pertence à própria Valdirene”, nome completo da empresária.
A promotora Margareth Ferraz França, do Ministério Público, avaliou que o caso representa violência psicológica e perseguição dentro de uma relação afetiva, conforme o artigo 7º da Lei Maria da Penha. Em parecer apresentado em 31 de outubro de 2025, ela defendeu que “o processo está claramente inserido no contexto de violência doméstica”, recomendando o envio do caso à vara especializada.
A decisão foi confirmada pela juíza Giovanna Christina Colares, da 4ª Vara do DIPO (Distribuidor de Inquéritos Policiais), que determinou, em 3 de novembro de 2025, a remessa do processo à Vara de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, onde as investigações continuam em andamento.
Com isso, Thiago Gonzaga Castilho passa a responder sob os dispositivos da Lei Maria da Penha, que protege mulheres de agressões físicas, morais e psicológicas em relações domésticas, familiares ou íntimas. O caso segue sob sigilo judicial.







