Seguro viagem em tempos de instabilidade global: por que o cuidado nunca foi tão necessário
Por: Bruna Bozano
Com o aumento de eventos climáticos extremos, atrasos em voos e incertezas sanitárias, o seguro viagem tornou-se um item indispensável para quem viaja no fim de 2025.
O ano está chegando ao fim, e com ele vêm as férias, os recessos e o desejo de viajar. Mas 2025 também termina com uma sensação global de instabilidade. As notícias sobre greves aéreas na Europa, enchentes no sul da América do Sul, incêndios em regiões turísticas e surtos de doenças respiratórias em diferentes continentes acenderam um alerta: viajar protegido é mais do que uma precaução — é uma necessidade real.
Em meio a esse cenário, o seguro viagem deixou de ser apenas um requisito burocrático exigido por alguns países e passou a ocupar um lugar central no planejamento das viagens. Dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep) mostram que, entre janeiro e setembro de 2025, a contratação desse tipo de apólice aumentou cerca de 28% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Os principais motivos são claros: imprevistos médicos, atrasos em voos e cancelamentos de última hora tornaram-se cada vez mais comuns. E, com passagens e hospedagens mais caras, qualquer contratempo pode gerar prejuízos consideráveis.
Um cenário global incerto
O turismo global vem enfrentando uma sequência de contratempos. Em outubro, o cancelamento em massa de voos na Europa por causa de greves no setor aéreo afetou milhões de viajantes. No mesmo período, o Caribe e o sul dos Estados Unidos lidaram com tempestades tropicais intensas, e destinos populares da América do Sul registraram fortes chuvas que interromperam rotas turísticas.
Somam-se a isso as novas exigências sanitárias adotadas por alguns países — especialmente na Ásia e no Oriente Médio — e o aumento das restrições de visto. O resultado é um cenário em que viajar sem seguro viagem representa um risco financeiro elevado.
Para muitos destinos, como o Espaço Schengen (que inclui boa parte da Europa), a apólice é obrigatória. A exigência mínima é de € 30 mil em despesas médicas. Mas mesmo em locais onde o seguro não é mandatório, ele é altamente recomendado, especialmente para quem viaja com crianças, idosos ou planeja atividades físicas intensas.
Os imprevistos mais comuns
Entre os acionamentos mais frequentes em 2025 estão os atendimentos médicos de emergência e o extravio de bagagem. De acordo com levantamento internacional da SITA, o número de bagagens perdidas ou atrasadas aumentou 6,8% neste ano, alcançando mais de 25 milhões de ocorrências no mundo todo.
Outro ponto que vem crescendo nas estatísticas das seguradoras é o cancelamento de viagem por motivos de saúde ou eventos climáticos. As fortes chuvas que atingiram o Brasil e a Argentina durante o inverno, por exemplo, resultaram em centenas de cancelamentos e remarcações de última hora.
Há ainda os casos de atrasos de voo, especialmente em grandes hubs internacionais, como Paris, Frankfurt e São Paulo. Algumas apólices reembolsam despesas extras com hospedagem e alimentação quando o atraso ultrapassa determinado número de horas.
O avanço das coberturas inteligentes
O mercado também evoluiu para acompanhar as novas demandas. Hoje, há planos de seguro viagem que incluem telemedicina, assistência psicológica remota, cobertura para esportes de aventura, proteção para equipamentos eletrônicos e até indenização por eventos climáticos severos.
Essa diversificação mostra como o setor está se adaptando ao comportamento do viajante contemporâneo — mais digital, exigente e atento aos detalhes. Plataformas como SeguroViagem.srv.br permitem comparar diferentes planos, preços e coberturas em tempo real, o que facilita a escolha do produto mais adequado a cada perfil de viagem.
Em 2025, também cresceram as opções de seguros anuais e multi-viagem, voltados para quem viaja com frequência. Nesses casos, a cobertura é válida por 12 meses e se aplica a todas as viagens dentro do período contratado, sem necessidade de refazer o processo a cada deslocamento.
Quanto custa estar protegido
Muitos viajantes ainda associam o seguro viagem a um custo adicional, mas o valor é pequeno diante dos riscos. Um plano internacional básico custa, em média, R$ 18 por dia, enquanto um plano premium, com cobertura superior a US$ 100 mil, pode chegar a R$ 35 por dia.
Para viagens nacionais, os preços são ainda menores: uma semana de cobertura dentro do Brasil pode custar menos que R$ 50.
O ponto de atenção não está apenas no preço, mas nas condições da cobertura. É essencial verificar se o plano inclui atendimento para COVID-19, gravidez, doenças preexistentes e atividades esportivas — itens que nem sempre estão previstos em apólices mais simples.
O impacto das mudanças climáticas no turismo
As seguradoras vêm acompanhando de perto os impactos do clima no comportamento do turista. Os desastres naturais tornaram-se mais frequentes e imprevisíveis, e isso já afeta o planejamento de roteiros e a precificação de seguros.
Algumas empresas passaram a oferecer coberturas adicionais para eventos climáticos, garantindo reembolso caso o viajante precise cancelar ou interromper a viagem devido a furacões, enchentes ou incêndios. Esse tipo de proteção, antes restrita a planos de luxo, agora aparece em produtos intermediários, refletindo uma necessidade real do mercado.
Segundo um relatório da Organização Mundial do Turismo (OMT), um em cada cinco viajantes em 2025 já considera o fator climático ao planejar suas férias. Esse dado reforça a ideia de que o seguro viagem não é apenas um gasto opcional, mas um componente essencial de responsabilidade financeira e pessoal.
A segurança além da saúde
Outra tendência é a expansão das coberturas não médicas. Hoje, é possível contratar apólices que protegem documentos, equipamentos eletrônicos, animais de estimação em trânsito e até custos jurídicos no exterior.
Com a digitalização dos processos, o acionamento tornou-se mais simples. O viajante pode abrir uma ocorrência, enviar documentos e acompanhar o status do reembolso diretamente pelo celular. Isso reduziu o tempo médio de resposta das seguradoras e aumentou a confiança dos consumidores.
Um investimento em tranquilidade
À medida que 2025 se encerra, a lição é clara: viajar sem seguro é um risco que já não se justifica. A imprevisibilidade — seja do clima, das conexões aéreas ou das condições sanitárias — exige planejamento.
Para quem está prestes a embarcar nas férias de fim de ano, o ideal é contratar o seguro com antecedência, ler atentamente as condições e escolher um plano compatível com o destino e o tipo de atividade.
Em um mundo cada vez mais instável, o seguro viagem representa tranquilidade, previsibilidade e segurança financeira. Mais do que um papel na mala, é a certeza de que, mesmo diante do inesperado, há uma rede pronta para ajudar.






