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“Golpe das criptomoedas” cresce e ativo sofre baixa como investimento

Golpistas criam pirâmides financeiras e usam da fama do ativo de investimento para ganharem dinheiro. Apesar disso, criptomoedas ainda não ganharam confiança do grande mercado de investidores no Brasil, aponta Lucas Rufino

Quando surgiram, as criptomoedas tinham a promessa de se tornarem verdadeiros fenômenos no mundo dos investimentos. Mas como seguro morreu de velho, muita gente ainda tem receio de investir no ativo por falta de experiência que, às vezes, o próprio setor possui. Afinal, a alta avassaladora em um curtíssimo espaço de tempo assusta e, para quem investe, pode levar a crer que a rentabilidade pode cair tão rápido quanto o tempo que levou para evoluir.

Além disso, surfando na onda de fama das criptos, muitos golpes começaram a surgir prometendo mais ou menos a mesma coisa: muito dinheiro em pouco tempo. Apesar de não ter nada a ver com o investimento, o crescimento dessa prática acaba promovendo descrédito ao ativo como forma de rendimento.

Desde que foi criada, só para se ter ideia, uma Bitcoin – uma das cripto mais famosas – podia ser comprada por alguns poucos dólares. Hoje, são centenas de milhares de reais o preço a que elas são vendidas.

“As criptomoedas entraram na moda de novo de um tempo para cá. Junto disso, muitos golpes surgiram com esse tipo de ativo e as pessoas passaram a se aproveitar da fama das criptomoedas para criarem formas de ‘arrancar’ o dinheiro de investidores que não têm tanta expertise assim”, explica o especialista Lucas Rufino.

Para ele, as criptomoedas “são uma tecnologia poderosa, que veio para ficar, principalmente, pelo desenvolvimento do blockchain, que ainda pode ser usado em outros mercados e investimentos”. “O investimento que é feito em tecnologia nas criptos faz com que elas tenham cada vez mais uso e aplicação no nosso dia a dia, o que é um fato. Mas esses golpes enfraquecem”, diz.

Segundo ele, muitas pessoas passaram a aplicar golpes em cima disso por meio de pirâmides que, no final, dão é um baita de um prejuízo. “Por ser uma classe de ativo crescente e que tem essa fama, os golpistas se aproveitam. Como investimento, em si, fora esses golpes, as criptomoedas ainda são perigosas e incertas”, avalia o criador do Simpla Club, plataforma online de recomendações de investimentos.

E conclui: “Quando um cliente quer muito investir nesse universo, eu não o aconselho a ter um dinheiro alto em criptomoedas. Recomento ter de 1% a 3% do patrimônio total nessa classe de ativos e apostar em outras formas de diversificar sua carteira de investimentos”.

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