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Condomínios residenciais e carros elétricos: a necessidade de adaptação para o futuro

Conjuntos habitacionais sentem a necessidade de se adaptar, enquanto mercado avança no Brasil

Com a crescente adoção de veículos elétricos no Brasil, os condomínios residenciais enfrentam desafios significativos para se adaptarem a essa nova realidade. A falta de infraestrutura de carregamento tem sido uma preocupação crescente para os proprietários de carros elétricos, que buscam a comodidade de carregar seus veículos em casa.

No mês passado, o setor registrou recordes no Brasil, com 9.351 veículos leves eletrificados sendo emplacados, marcando um aumento de 25% em relação ao recorde anterior estabelecido em julho, que registrou 7.462 emplacamentos. Além disso, agosto de 2023 viu um crescimento notável de 120% em comparação com o mesmo período do ano anterior, quando apenas 4.249 veículos elétricos foram emplacados. Segundo os dados da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE).

Para Ricardo David, sócio-diretor da Elev, empresa especializada em soluções para o setor da eletromobilidade, são necessários estudos e planejamento para a adoção de carregadores nos condomínios. “Não basta apenas conectar o carro elétrico na tomada do condomínio e pronto. São necessários investimentos e adaptação. A estrutura elétrica do condomínio consegue receber essa nova demanda de carros elétricos sendo carregados? Quem iniciar esse debate antecipadamente vai evitar dores de cabeça futuras”, explica.

Com essas estatísticas impressionantes, a frota total de veículos leves eletrificados em circulação no Brasil atingiu a marca de 175.491 unidades até agosto de 2023, demonstrando uma tendência clara em direção à eletrificação dos automóveis no país.

Outro aspecto notável é a participação de mercado dos veículos elétricos, que alcançou um marco histórico em agosto, representando 4,75% do total de emplacamentos de veículos leves no mercado doméstico. Em números absolutos, isso equivale a 196.878 veículos emplacados, de acordo com dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).

No entanto, o rápido aumento na adoção de veículos elétricos também trouxe à tona a questão da infraestrutura de carregamento, especialmente em condomínios residenciais. A maioria dos condomínios no Brasil ainda não está preparada para a demanda de carregamento de veículos elétricos, o que cria um desafio tanto para os moradores quanto para os síndicos.

Os proprietários de carros elétricos desejam a conveniência de carregar seus veículos em casa, mas a instalação de pontos de carregamento em condomínios requer planejamento e investimento adequados. É crucial que os condomínios comecem a considerar a implementação de infraestrutura de carregamento para atender às necessidades crescentes dos moradores que optam por veículos elétricos.

“Quando as pessoas compram veículos elétricos, por mais que os carregadores públicos e semipúblicos tenham vantagens, como ter um preço de energia mais barata, os proprietários vão querer ter o conforto de carregar os veículos em suas casas”, completa David.

Para enfrentar esse desafio, os síndicos e administradores de condomínios devem se informar sobre as opções disponíveis para a instalação de carregadores elétricos e buscar orientação junto às empresas especializadas. Além disso, é importante considerar políticas de carregamento que garantam uma distribuição justa e eficiente dos recursos entre os moradores.

À medida que a eletrificação dos veículos se torna cada vez mais presente em nosso cotidiano, a adaptação dos condomínios residenciais para atender a essa demanda é fundamental. O Brasil está testemunhando uma mudança significativa no cenário automobilístico, e os condomínios que se anteciparem a essa tendência estarão melhor preparados para atender às necessidades de seus moradores e contribuir para um futuro mais sustentável.

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