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Inovação anestésica conquista vitória contra a dor Crônica em pacientes pós cirurgia de Câncer de mama

O anestesiologista, Dr. Thiago Amorim comenta como a intervenção oferecida pelo Sistema Único de Saúde diminuiu as dores na região da cirurgia e em outras áreas do corpo em mulheres

Após o diagnóstico de câncer de mama, as mulheres enfrentam uma sequência desafiadora de tratamentos, incluindo mastectomia, radioterapia, quimioterapia e hormonioterapia. No entanto, uma nova adversidade surge após essas etapas: a dor crônica. Este incômodo persistente atinge entre 30% e 70% das pacientes submetidas à cirurgia, muitas vezes desencadeando sintomas de depressão. No entanto, uma luz no fim do túnel emerge a partir de pesquisas realizadas por especialistas do Hospital Sírio-Libanês.

Durante o processo cirúrgico, a equipe de anestesistas introduziu uma técnica revolucionária que combina anestesia geral com o bloqueio de nervos na região da mama. Essa abordagem inovadora, agora acessível pelo Sistema Único de Saúde (SUS), tem demonstrado eficácia não apenas na redução das dores no local da cirurgia, mas também em outras partes do corpo. Um acompanhamento de um ano com mulheres que passaram por esse procedimento revelou resultados promissores.

A dor crônica pós-cirúrgica, muitas vezes subestimada, pode impactar significativamente a qualidade de vida das pacientes, influenciando seu bem-estar emocional e físico. A nova técnica anestésica não apenas alivia o desconforto no pós-operatório imediato, mas também tem o potencial de prevenir complicações a longo prazo, como a depressão associada à dor crônica.

Dr. Thiago Amorim, anestesiologista formado pelo Hospital Albert Einstein – SP, compartilhou sua perspectiva sobre a importância dessa técnica inovadora. “A combinação de anestesia geral e bloqueio nervoso tem se mostrado eficiente não apenas na gestão imediata da dor. Confiamos que essa será técnica acessível a um número cada vez maior de pacientes, especialmente agora que está disponível no SUS,” explica o especialista.

Além de um ser um avanço em pesquisas cientificas, o Thiago Amorim acredita que é um procedimento que dará qualidade de vida nas mulheres. “A presença da dor desencadeia o que denominamos como comportamento doloroso, resultando em ansiedade e sintomas depressivos. Pacientes com níveis reduzidos de dor experimentam uma melhor qualidade de vida e, por conseguinte, apresentam menor propensão à depressão”, revela.

A inclusão dessa técnica no SUS representa um avanço significativo na oferta de cuidados pós-cirúrgicos para mulheres que enfrentam a batalha contra o câncer de mama. Além disso, abre portas para pesquisas futuras e desenvolvimentos na área de anestesia e manejo da dor, oferecendo esperança para uma recuperação mais tranquila e menos dolorosa para as pacientes.

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